Se você não sabe como lidar com o luto infantil, descubra aqui como falar de morte com crianças.
A morte de um familiar ou amigo querido é uma experiência marcante, não apenas adultos, mas também para as crianças.
O luto infantil, ou luto na infância, é um processo complexo que envolve a reconstrução emocional diante da perda e a adaptação a um mundo que mudou de forma irreversível.
Entender como as crianças vivenciam e lidam com a perda é essencial para oferecer o apoio adequado durante esse momento delicado. Por isso, elaboramos este conteúdo especial. Acompanhe e boa leitura!
O luto infantil é a reação à perda ou à morte de alguém e a percepção da finitude da vida. Ou seja: quando morre uma pessoa próxima, ou até mesmo um animal de estimação, a criança percebe que a morte é real, e que as pessoas queridas também se vão um dia.
E por falar em animais domésticos, como esses vivem menos que humanos, é comum que a perda do cachorro ou do gato da família seja o primeiro contato da criança com o luto. Por isso, não deve ser menosprezado ou visto como menos importante.
O luto infantil é também o momento em que a criança percebe a fragilidade dos adultos à sua volta. Ela percebe que os adultos também sofrem e choram.
Assim, o luto infantil envolve muitos sentimentos e pode levar tempo para ser assimilado. Durante todo esse processo, as melhores ferramentas são honestidade, escuta e acolhimento são as melhores ferramentas.
Como uma criança entende a morte varia conforme a idade e o desenvolvimento emocional.
Crianças muito pequenas, com menos de seis anos, costumam ter dificuldade em compreender a irreversibilidade da morte.
Para elas, a ideia de que alguém não vai voltar pode ser difícil de aceitar, e a morte pode ser associada a uma viagem que pode ser revertida.
Entre cinco e dez anos, as crianças começam a ter uma compreensão mais realista da morte, embora possam ainda acreditar que isso só acontece com pessoas que não conhecem.
Mesmo nessa faixa etária, o conceito de morte pode ser confuso e assustador, e é importante lidar com essa realidade de maneira sensível e adequada.
Quando uma criança enfrenta a perda de alguém querido, é necessário ser honesto e direto ao abordar o assunto.
Evite usar termos vagos ou eufemismos como “dormiu para sempre” ou “fez uma longa viagem”, que podem confundir a criança. Em vez disso, use uma linguagem clara e adequada à idade para explicar o que aconteceu.
Evite também usar expressões como “virou uma estrelinha” podem ser mal interpretadas e levar a expectativas irreais sobre a volta do familiar.
O processo de luto infantil pode manifestar-se de várias maneiras, dependendo da personalidade e do vínculo afetivo da criança com o falecido.
É comum que a criança experimente mudanças no comportamento, como irritabilidade, agressividade, pesadelos ou regressão em etapas do desenvolvimento. Esses comportamentos são uma forma de expressar a dor e o medo que está sentindo.
Diante do luto, é fundamental oferecer apoio emocional constante e encorajar a expressão dos sentimentos. Além disso, buscar o apoio de um psicólogo especializado pode ser uma estratégia eficaz para ajudar a criança a processar o luto de maneira saudável.
Na prática do dia a dia, as sugestões para apoiar uma criança enlutada são:
O luto é um processo pessoal e não há um “certo” ou “errado” quando se trata de lidar com a perda. O mais importante é estar presente para a criança, oferecendo amor, paciência e apoio, enquanto ela vive o luto.
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