Entenda o que você pode fazer diante do uso excessivo de telas por crianças e adolescentes.
A pesquisa TIC Kids Online Brasil, conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), mostrou que 24% das crianças acessaram a rede pela primeira vez até seis anos.
Ainda segundo a pesquisa, 88% da população brasileira de 9 a 17 anos disse manter perfis em plataformas digitais. Entre 15 e 17 anos, a proporção foi de 99%.
Esses números reforçam a necessidade da promoção do uso consciente dos dispositivos e das redes, bem como da reflexão dos pais, responsáveis, educadores e cuidadores sobre os efeitos do uso das telas pelas crianças e adolescentes.
E para entender sobre os riscos do uso indevido e excessivo de telas por crianças e adolescentes, confira este nosso novo artigo.
As ferramentas digitais oferecem inúmeras possibilidades. Aplicativos, plataformas digitais de comunicação e serviços de streaming permitem acesso a produções audiovisuais e a possibilidade de conexão com outras pessoas. E isso tudo é muito atraente para crianças e adolescentes.
No entanto, o uso excessivo de telas, TV, computador e celular, podem trazer alguns riscos para a saúde, por exemplo:
A luz emitida pelas telas dos dispositivos bloqueia a liberação da melatonina, hormônio responsável por informar o corpo que está na hora de dormir.
Isso afeta diretamente nosso relógio biológico e a percepção do cérebro do que é noite ou dia, prejudicando na qualidade do sono, uma vez que você não recebe todo o descanso que precisa.
A exposição prolongada aos dispositivos eletrônicos afeta muito o emocional da criança. Ela pode causar distúrbios emocionais como depressão, ansiedade e também deixar crianças e adolescentes mais agressivos.
Crianças muito pequenas expostas a telas estão suscetíveis ao atraso cognitivo, distúrbio de aprendizado, aumento de impulsividade, diminuição da habilidade de regulação própria das emoções, e, deficit de atenção.
No mais, o excesso de telas promove a distração passiva, ou seja, a criança consome muitos vídeos e joguinhos nas telas de forma passiva. Isso é totalmente diferente de brincar ativamente, onde a brincadeira acontece conforme o desenvolvimento que a criança exerce.
Quanto mais expostas a telas, mais sedentárias as crianças ficam, já que passam a brincar menos ativamente, com isso, queimam menos calorias, facilitando o ganho de peso.
Pesquisas também apontam outros problemas ocasionados pelo uso excessivo de telas, tais como:
Vale destacar ainda que a exposição prolongada aumenta a possibilidade de cyberbullying, o risco de abusos sexuais e pedofilia.
No Brasil e no mundo, há diversas orientações, emitidas por organizações públicas ou privadas, que alertam para os perigos do tempo excessivo de telas e sugerem a moderação.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o seguinte:
Veja abaixo algumas dicas e estratégias de especialistas para promover o uso consciente das telas.
Defina regras sobre quando e por quanto tempo as crianças podem usar dispositivos com tela.
Considere criar regras como “sem telas durante as refeições” e “sem telas uma hora antes da hora de dormir”.
Designe áreas da casa, como quartos e a mesa de jantar, como zonas livres de dispositivos eletrônicos para encorajar interação e atividades sem tecnologia.
As crianças imitam o comportamento dos adultos. Assim, utilize as suas próprias telas com cautela. Mostre às crianças que existe tempo e lugar para a tecnologia.
Certifique-se de que conteúdo visto pelas crianças e adolescentes seja educativo e apropriado para a idade. Assista e jogue com eles, transformando o tempo de tela em uma experiência de aprendizado entre pais e filhos.
Encoraje as crianças a brincar ao ar livre, praticar esportes, ler livros, fazer trabalhos manuais e outras atividades que não envolvam telas.
Crie uma rotina diária para as crianças que equilibre o tempo de tela com outras atividades.
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